quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nasa testa novo propelente constituído somente de alumínio e gelo.




Um grupo formado por pesquisadores da Nasa, militares e acadêmicos desenvolveu e testou um combustível sólido simples, feito à base de pó de alumínio e gelo, que, segundo os pesquisadores, fornecerá uma alternativa limpa para os propelentes em uso atualmente.

De acordo com a Nasa, o combustível, conhecido como Alice (sigla para alumínio e gelo, em inglês) mostrou seu poder disparando um foguete de teste, de 2,7 metros comprimento, a 400 metros de altitude.

Mitat Birkan, responsável pelo programa de energia e propulsão espacial do Departamento de Pesquisa Cientifica da Força Aérea Americana, uma das agências envolvidas no desenvolvimento do combustível, lembra que Alice é menos agressivo ao meio ambiente, antes e depois da queima, que os combustíveis convencionais. Os únicos subprodutos da combustão do Alice, segundo Birkanm, são hidrogênio gasoso, e óxido de alumínio relativamente inócuo.

Os produtos da exaustão podem ser menos prejudiciais ao ambiente que os gerados por alguns dos foguetes da Nasa atualmente. Por exemplo, quando o ônibus espacial Discovery decolou no sábado, com a propulsão fornecida por seus foguetes alimentados a combustível sólido, várias toneladas de ácido hidroclorídrico foram lançadas no local de lançamento e na atmosfera, enquanto o combustível queimava.

O ácido hidroclorídrico, extremamente prejudicial à saúde e ao ambiente, é produzido por causa dos oxidantes perclorados, que formam a maior parte do combustível sólido do ônibus espacial. (O segundo componente mais importante do propelente é o alumínio). “O que é fantástico no Alice é que o oxidante é inerente e inofensivo ─ é água”, comente Birkan.

Na verdade, é bom ressaltar que a parte final da decolagem do ônibus espacial já é bastante inócua. Os motores principais do orbitador, que assumem a decolagem assim que os propulsores sólidos são liberados ─ aos dois minutos de vôo ─ são muito mais verdes que os foguetes propulsores movidos com combustíveis à base de hidrogênio e oxigênio líquido. “O Alice produz somente água”, reforça Birkan, que considera os propulsores “os motores mais limpos do mundo”.

Vicente Mateus S.
Clube Dorense de Astronomia
Texto retirado de: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias
Créditos: John Matson
Foto: Steven F. Son/Purdue University

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dorenses se destacam no VI EREA no Ceará

Limoeiro do Norte-CE foi centro das atenções durante os dias 16, 17, 18 e 19 de junho. Esta cidade, com uma população de aproximadamente 80 mil habitantes, localizada no centro-sul do Estado e a cerca de 200km de Fortaleza, literalmente se tornou um pólo de incentivo e discussão da atividade científica entre a comunidade escolar, com um apoio maciço da administração pública do município, que tem buscado investir cada vez mais recursos no fomento ao desenvolvimento educacional, científico e tecnológico dos jovens limoeirenses. Em conseqüência desses investimentos, os resultados nos índices de desenvolvimento humano e aferições realizadas por órgãos competentes nos níveis de aprendizagem dos alunos, apontam para patamares de destaque quando comparados a outras cidades nordestinas.
Neste período, de 16 a 19/06, aconteceu o VI EREA (Encontro Regional de Ensino de Astronomia) organizado pela Secretaria de Educação local (Departamento de Ciências) em parceria com o Governo do Estado do Ceará (Divisão de Ciência e Tecnologia) e Ministério da Educação, para promover a divulgação das ciências espaciais e a promoção de cursos de capacitação para professores da rede de ensino. A grandiosidade do evento acabou atraindo o interesse de professores de outros Estados vizinhos que não mediram esforços para se inscrever e participar das palestras e oficinas direcionadas à área da Astronomia e da Astronáutica, que vem sendo fortemente incentivada e divulgada nas escolas, como forma de apresentar esse tipo de conhecimento aos estudantes, motivando-os a seguir carreira nessa atividade da qual o Brasil é um país que está inserido neste seleto grupo de nações com tecnologias e programas espaciais ativos, que necessitam de bastante mão-de-obra qualificada para desenvolver os produtos necessários à conquista do espaço sideral.
A programação do evento incluía palestras de pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da AEB (Agência Espacial Brasileira), de representantes da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica), do primeiro astronauta brasileiro Marcos Pontes e dos professores Vicente Mateus e Nilson Santos (do Clube Dorense de Astronomia Órion). Ver programação e notícias: www.limoeirodonorte.ce.gov.br
Para nós do Clube Dorense de Astronomia Órion, foi mais uma grande oportunidade que tivemos para levar o nome do nosso grupo, de Sergipe e de Nossa Senhora das Dores, para além dos limites do nosso Estado e mostrar que, apesar da falta de apoio e reconhecimento dos órgãos competentes e dirigentes locais de instituições afins, não nos deixamos abater por essas questões e continuamos a desenvolver nosso trabalho para levar a quem nos solicitar o conhecimento que temos nessa área, compartilhando com colegas professores, estudantes e demais interessados. Nossa tarefa no VI EREA foi ministrar três oficinas de construção e lançamento de foguetes com finalidades didáticas, para mais de 300 professores inscritos do Ceará e outros estados vizinhos.
Nossas oficinas ocorriam no período da tarde, das 13:30h às 17:30h, onde compartilhávamos nossa experiência na construção de bases de lançamento, foguetes movidos a água pressurizada e abordagem dos conceitos físicos, químicos, matemáticos e astronômicos a serem explorados na atividade, priorizando a interdisciplinaridade no desenvolvimento desse tipo de experimento que busca enfocar os aspectos básicos da exploração espacial e as habilidades necessárias para testar na prática as teorias que, na maioria das vezes, ficam restritas ao livro didático e à decoreba. Além da prática da oficina, também fazíamos uma divulgação de outros eventos que participamos, na forma de apresentação de slides e assistíamos a um vídeo produzido pela TV Cultura de São Paulo, no final de 2009, sobre o Clube Órion e a participação nas atividades do AIA 2009 (Ano Internacional da Astronomia). Esta parte era também direcionada a preparar os participantes para fatos a serem mencionados na palestra de encerramento pelo astronauta Marcos Pontes, com o qual tivemos o prazer de estar pela terceira vez. Também servia para relatar todo o nosso empenho, desafios vencidos e criar uma atmosfera de motivação entre os colegas professores para insistirem em sair da mera repetição de conteúdos e partirem para a experimentação, que torna o ensino muito mais atraente e promissor para os nossos alunos. Por fim, com o sucesso alcançado em nossas oficinas, já ficaram convites para retornarmos ao Ceará, em outra localidade, sem mensionar a previsão de encontros do tipo a serem ainda organizados em vários estados brasileiros e que deveremos também estar presentes.
Registramos nossos sinceros agradecimentos à Secretaria Municipal de Educação de Limoeiro do Norte, à Divisão de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Ceará, ao Planetário e Centro Cultural Dragão do Mar, à Agência Espacial Brasileira (AEB) e à Coordenação Nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Prof. Nilson Santos
Coordenador do CDA ORION

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Simulação de Viagem a Marte


Tripulação internacional passará 520 dias isolados em simulador de viagem espacial.
Reuters | 03/06/2010
Vestido de azul e acenando bastante, o tripulante Sukhrob Kamolov disse "Vejo vocês em 520 dias!" antes de entrar nas câmaras hermeticamente fechadas nesta quinta-feira com outros cinco homens dentro de uma simulação de viagem a Marte.
Aos beijos e acenos das mulheres e parentes, os três russos, um chinês, um francês e um ítalo-colombiano entraram nos módulos onde viverão até novembro de 2011, numa experiência para testar como o isolamento afeta as pessoas.
A Agência Espacial Europeia, no entanto, disse que levará ao menos 30 anos para que algum humano possa viajar para Marte, acrescentando que só a viagem de ida levaria nove meses.
Diferentemente de uma viagem real ao planeta vermelho, a tripulação do voo simulado do Marte-500, abrigada no Instituto de Problemas Biomédicos de Moscou, terá gravidade e não será exposta a radiação.
Mas, assim como numa missão verdadeira para Marte, existe a proibição ao consumo de bebidas alcoólicas, não há ar fresco, as verduras precisam ser cultivadas a bordo e o único contato com a Terra ocorrerá via e-mail, com um atraso de 40 minutos.
Liderada pelo comandante russo Alexei Sitev, a tripulação viverá e trabalhará como os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) e dividirá o tempo entre experimentos e exercícios.
Eles também passarão trinta dias acampados numa superfície de areia vermelha, como a marciana.