quarta-feira, 25 de agosto de 2010

VII EREA em Caucaia-CE

De 17 a 21 de agosto, aconteceu em Caucaia-CE, o VII Encontro Regional de Ensino de Astronomia (EREA), organizado pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com outras instituições, como a AEB (Agência Espacial Brasileira), Ministério da Ciência e Tecnologia, OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica), com o objetivo de promover atividades destinadas à capacitação de professores na área de ensino de Astronomia, Astronáutica e ciências afins.
O evento contou com uma vasta programação e a participação de cientistas, pesquisadores, ministrantes de oficinas e a presença marcante do astronauta Marcos Pontes. Para nós, do Clube Dorense de Astronomia Órion, foi mais uma experiência notável levar o nosso conhecimento através das oficinas de construção e lançamento de foguetes aos colegas professores cearenses, pela segunda vez.
Durante toda a semana, no período da manhã, ocorreram palestras com pesquisadores convidados. Á tarde, as oficinas de montagem de lunetas, modelos astronômicos, experimentos científicos e montagem de plataformas para lançamento dos foguetes de garrafa PET. À noite, os participantes realizavam observações dos astros através das lunetas montadas e outros telescópios disponibilizados para a atividade.
Queremos aqui registrar nosso agradecimento aos organizadores do evento pelo convite e reafirmar que sempre estaremos dispostos a contribuir com a divulgação e popularização das ciências espaciais a todos que assim desejarem. Portanto, ao Dermeval, à Zenaide, Edgardo, professor Canalle e todos que acreditam em nosso trabalho, nossos sinceros agradecimentos. (ver fotos do VII EREA)

Por: Nilson S. Santos
Clube Dorense de Astronomia Órion

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Medo e Religião


O registro da suposta observação de um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) por tripulantes de um avião militar britânico durante a Segunda Guerra Mundial foi mantido em segredo por determinação do então primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Winston Churchill, que acreditava que o relato poderia causar pânico na população.
A história foi revelada por documentos do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha divulgados nesta quinta-feira pelos Arquivos Nacionais do país.
Segundo os relatos, Churchill determinou que o registro sobre a suposta aparição do objeto voador não identificado permanecesse secreto por 50 anos.
"Churchill acreditava que a divulgação do ocorrido poderia criar pânico em massa e abalar as crenças religiosas", afirmou Nick Pope, um ex-investigador do Ministério da Defesa britânico especializado em OVNIs.
Documentos destruídos
Os arquivos também mostram que, nos anos 1950, o governo britânico levava a questão tão a sério que chegou a reunir chefes dos serviços de inteligência para discutir relatos sobre a presença de OVNIs em seu espaço aéreo.
Segundo Pope, a maior parte da documentação referente às supostas aparições de objetos não identificados no período foi destruída.
Sabe-se, porém, que o governo britânico chegou a pedir relatórios semanais sobre os registros de aparições ao comitê de especialistas em inteligência encarregados de investigações nas áreas de segurança, defesa e assuntos internacionais.
A documentação divulgada nesta quinta-feira é a mais recente série de arquivos liberada ao público como parte de uma parceria de três anos entre o Ministério da Defesa e os Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha.
Os documentos incluem um trecho do chamado Livro Vermelho - relato semanal realizado por serviços de inteligência - que diz que não foram encontradas explicações para quatro aparições de objetos não identificados registradas por radares da aeronáutica britânica.
Casos de OVNIs
Entre as mais de 5 mil páginas dos arquivos, está também o relato de um piloto que diz que seu Boeing 737 quase colidiu com um objeto não identificado quando se preparava para pousar no aeroporto de Manchester em 1995.
Entre outros registros, há ainda o caso da equipe de resgate acionada para investigar um OVNI que supostamente teria colidido nas montanhas de Berwyn, no País de Gales, em 1974.
O arquivo inclui também o filme em que um suposto "homem do espaço" é flagrado durante os registros de testes para o lançamento de um míssil, em 1964.
Fonte:BBC, acesso em 05-08-2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Descoberta de vida em Marte?


Uma equipe internacional de cientistas, com participação do geólogo brasileiro Carlos de Souza Filho, da Unicamp, identificou rochas que, acreditam eles, podem conter restos fossilizados de vida em Marte. O professor Souza Filho trabalha há vários anos em colaboração com equipes ligadas à NASA, efetuando comparações entre Marte e a Terra, em busca de indícios de vida e da presença de minerais.
A equipe de pesquisadores identificou rochas antigas da Nili Fossae, uma das fossas existentes na superfície do planeta. O trabalho dos pesquisadores revelou que essa vala em Marte é equivalente a uma região na Austrália, onde algumas das mais antigas evidências de vida na Terra haviam sido enterradas e preservadas em forma mineral.
A equipe, coordenada por um cientista do Instituto para Busca de Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês), da Califórnia, acredita que os mesmos processos hidrotermais que preservaram as evidências de vida na Terra podem ter ocorrido em Marte na Nili Fossae. As rochas têm até 4 bilhões de anos, o que significa que elas já existiam nos últimos três quartos da história de Marte.
Carbonatos
Quando, em 2008, cientistas descobriram carbonatos nessas rochas de Marte, provocaram grande alvoroço na comunidade científica, já que os carbonatos eram procurados havia tempos como prova definitiva de que o planeta vermelho era habitável e que poderia ter existido vida por lá. Os carbonatos são produzidos pela decomposição de material orgânico enterrado, se esse material não é transformado em hidrocarbonetos. O mineral é produzido pelos restos fossilizados de carapaças e ossos, e permite uma maneira de investigar a vida que existia nos primórdios da Terra.
Semelhanças entre Marte e Terra
O coordenador do estudo, Adrian Brown, usou um instrumento a bordo da sonda espacial MRO, da Nasa, para estudar as rochas da Nili Fossae com raios infravermelhos. Eles depois usaram a mesma técnica para estudar rochas na área do noroeste da Austrália chamada Pilbara. "Pilbara é uma parte da Terra que conseguiu se manter na superfície por uns 3,5 bilhões de anos, ou três quartos da história do planeta", disse Brown à BBC. "Isso permite a nós termos uma pequena janela para observar o que estava acontecendo na Terra em seus estágios iniciais", explicou.
Os cientistas acreditam que micróbios formaram há bilhões de anos algumas das características distintivas das rochas de Pilbara. O novo estudo revelou que as rochas da Nili Fossae são muito semelhantes às rochas de Pilbara em sua composição mineral. Brown e seus colegas acreditam que isso mostra que os vestígios de vida que possa ter existido no início da história de Marte podem estar enterrados nesse local. "Se havia vida suficiente para formar camadas, para produzir corais ou algum tipo de bolsões de micróbios, enterrados em Marte, a mesma dinâmica que ocorreu na Terra pode ter ocorrido ali", disse. Por isso, segundo ele, que os dois locais são tão parecidos.
Pouso em Marte
Brown e muitos outros cientistas esperavam que poderiam logo ter a oportunidade de estudar mais de perto as rochas de Nili Fossae. O local havia sido marcado como um potencial local de pouso de uma nova missão para Marte, a ser lançada em 2011 pela Nasa. Mas o local foi posteriormente considerado muito perigoso para um pouso e acabou removido da lista da Nasa em junho deste ano. "O robô da Nasa acabará visitando outro local interessante quando pousar, mas esse local é o que deveríamos checar para descobrir se havia vida nos primórdios de Marte", lamenta Brown.
Fonte:Hydrothermal formation of Clay-Carbonate alteration assemblages in the Nili Fossae region of Mars
Adrian J. Brown, Simon J. Hook, Alice M. Baldridge, James K. Crowley, Nathan T. Bridges, Bradley J. Thomson, Giles M. Marion, Carlos R. de Souza Filho, Janice L. Bishop
Earth and Planetary Science Letters
July 2010